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Aluna fala sobre autoimagem da mulher com deficiência visual

No dia 3 de dezembro é celebrado o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência. A fim de fomentar o respeito pelos seus direitos e dignidade, o Ministério Público do Trabalho realizou a Conferência e Exposição Nacional de Inclusão e Acessibilidade das Pessoas com Deficiência- Reconecta em que a acadêmica do curso de Psicologia, Kéllezy Barbosa, abordou sobre a “A autoimagem da mulher com deficiência visual”.

Para a acadêmica, pessoas com deficiência têm autonomia e precisam ser ouvidas. “Participar desse evento me empodera! Este é o terceiro ano consecutivo que participo do Reconecta. Ele permite conhecer as possibilidades de atuação das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Esse evento de nível nacional trouxe o protagonismo, nós tivemos voz, nós estávamos no nosso lugar de fala e isso, na semana da pessoa com deficiência, é necessário! ”

“Nossa voz precisa ser ouvida e nós precisamos ser vistos pela sociedade e pelo mercado de trabalho! Essa é uma oportunidade de todos verem nossas potencialidades, capacidades e limitações também. Podemos mostrar que não são apenas nossas limitações, mas é o conhecimento limitado sobre nós que acaba nos limitando. Temos características que nos diferenciam, a deficiência é uma característica, mas isso não nos limita”, ressaltou ainda.

O tema também é título do seu Trabalho de Conclusão de Curso que abordou o processo de construção e reconhecimento da autoimagem da mulher cega, um novo olhar para a feminilidade. Kéllezy é deficiente visual e viu a necessidade de falar sobre a temática ao perceber que suas amigas tinham baixa estima, não tinham opinião própria e seguiam padrões de belezas pré-estabelecidos pela sociedade ou pela família.

“Temos a necessidade de falar dessa autoimagem. Como mulher cega, percebo que as pessoas acham que nós não temos noção de como somos. Por isso, eu percebi a necessidade de falar sobre isso, para proporcionar esse olhar sobre a mulher, sobre sua construção de auto estima e autônima e, também, sobre a aceitação enquanto mulher. Percebi uma baixa estima, é preciso permitir que a pessoa com deficiência visual desenvolva sua independência e opinião própria livre dos padrões impostos”.