Diante dos desafios que a pandemia do novo coronavírus impôs ao país, todos os atendimentos do Centro Integrado de Atenção à Saúde da Comunidade – Ciasc foram suspensos nas últimas semanas. Para que os atendimentos não fossem totalmente interrompidos, os acadêmicos do curso de Fisioterapia preparam um material gráfico com orientações dos exercícios indicados para cada paciente. Treinaram os responsáveis para que ajudassem, explicaram como deveriam ser realizados os momentos e recomendaram que o tratamento fosse mantido em casa na mesma frequência adaptando para o ambiente de suas residências e com os objetos que possuem em casa.
Após duas semanas de isolamento social, os alunos do estágio entraram em contato com os pacientes para saber se estavam bem e se tinham dúvidas em relação aos exercícios. Considerando que muitos deles são do grupo de risco, perceberam a necessidade de conversar e de tirar dúvidas sobre a COVID-19.
“Entrei em contato e perguntei como eles estavam no período de isolamento, se estavam seguindo as orientações do Ministério da Saúde, se alguém na residência está com sintomas. Também encaminhei algumas orientações de como lavar as mãos, como proceder no caso de suspeita de contaminação e quando procurar ajuda. Eles ficam muito felizes com a preocupação e agradecem pelo contato”. Thaiany Costa Vasconcelos, aluna do 9º período.
Segundo a professora Adriana Lários, essas atitudes despertam em nos alunos um olhar para o próximo. “Muitos deles estavam se sentindo sozinhos e incomodados pelo fato de não poderem sair de casa e cumprir com as atividades rotineiras, como ir ao banco e ao mercado. Percebemos a necessidade de conversar e tirar dúvidas sobre a pandemia. Esse olhar humano faz toda a diferença na formação integral dos nossos alunos. Consiste em perceber pequenos detalhes que fazem o paciente se sentir mais acolhido”.